Esta postagem contém um spoiler mediano. Leia sob sua própria conta e risco.
— E aí, estão te tratando bem? — quis saber Douglas.
— Claro — respondi.
— É mesmo? Porque você parece meio chateada.
— Não — repeti. — Estou bem.
— E aí, como você vai gastar o dinheiro da recompensa?
— Ah, não sei. Como você acha que eu deveria gastar?
Douglas pensou no assunto e respondeu:
— Bem, papai bem que está precisando de tacos novos. Não que ele tenha muitas oportunidades de jogar.
— Não quero tacos de golfe — ouvi meu pai gritando ao fundo. — Vamos guardar o dinheiro para a faculdade de Jess.
— Quero um carro! — ouvi Michael gritar também.
Ri um pouco e disse:
— Ele só quer um carro pra poder levar Claire Lippman até a pedreira.
— Você sabe que é verdade. E acho que mamãe adoraria uma máquina de costura nova — disse Doug.
— Para poder fazer mais vestidos iguais para nós duas. — Sorri. — É claro. E você?
— Eu? — Douglas estava começando a parecer mais distante do que nunca. — Só quero você em casa e que tudo volte ao normal.
Precisei tossir para disfarçar, mas já estava chorando de novo.
— Bem — comecei. — Voltarei logo pra casa. E aí você vai desejar que eu não estivesse, pois vou voltar a entrar toda hora no seu quarto sem bater.
— Sinto falta de você entrando sem bater — disse Douglas.
Isso era mais do que eu podia suportar.
(“Quando cai o raio”, pag. 224-225, de Meg Cabot.
Série “Desaparecidos”, livro 1.)
P.S.: Essa parte é muito comovente, a relação da Jess com o irmão... E o que ela teve que fazer pelo bem estar dele. Confesso: eu chorei. T^T
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