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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

Minha melhor amiga, Gina, lá do Brooklyn, provavelmente foi quem chegou mais perto de deduzir, e isso apenas porque, por acaso, estava presente quando madame Zara, uma taróloga que a Gina me obrigou a consultar, me olhou chocada e disse:

— Você fala com os mortos.

Gina achou maneiro. Só que nunca soube — não de verdade — o que isso significava. Porque o que isso significa, claro, é que eu nunca durmo o suficiente, tenho machucados que não posso explicar, provocados por pessoas que ninguém mais pode ver e, ah, claro, não posso trocar de roupa no meu quarto porque o fantasma de um caubói morto há cento e cinqüenta anos pode me ver nua.

Alguma pergunta?

(“A Mediadora – O arcano nove”, pag. 39, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 2.)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Desejo Rebelde - Julie Garwood

— Conta-me o teu segredo, para eu poder dormir também durante essa sessão de tortura — sussurrou Milford.

Caroline precisou inclinar-se para o lado dele para ouvir o que dizia, e viu-se subitamente puxada por Bradford.

Pondo as mãos uma por cima da outra no colo, ela fingiu que não o via, olhando direto para frente. Bradford espichou-se e, antes que ela o detivesse, já estava com o braço passado em torno de seus ombros. Ela tentou afastá-lo, mas foi inútil.

— Comporta-te — murmurou para ele. — O que os outros vão pensar?

— Que és propriedade minha — disse Bradford. Seus dedos começaram a massagear a nuca de Caroline e ela viu-se combatendo a sensação inebriante produzida por esse gesto.

— Teu amigo não tem educação nenhuma mesmo — disse ela ao sorridente Milford.

— Já lhe disse isso em inúmeras ocasiões — retrucou Milford, baixinho.

(“Desejo Rebelde”, pag. 127-128, de Julie Garwood.)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Elixir - Hilary Duff

— O que você está fazendo? Não consigo fazer isso. Não dá! Meu quadril não mexe desse jeito. Como você consegue fazer isso? — ele estava nervoso, tentando dançar com passinhos curtos, completamente fora do ritmo da música.

Coloquei minhas mãos em sua cintura.

— Calma. Está tudo bem. Relaxe e deixe seu quadril solto.

— Eu estou relaxando. Mas meu quadril é muito tímido. Ele não gosta de dançar sozinho sem o resto do meu corpo.

(“Elixir”, pag. 106, de Hilary Duff.
Série “Elixir”, livro 1.)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Meu querido guerreiro - Julie Garwood

Dentro de uma fração de segundo, o falcão pousou no braço desprotegido da moça, todavia ela não se encolheu em razão do peso nem do toque da ave. Suas garras irregulares eram afiadas como lâminas, mas ela não estava de luvas. Seu braço macio e imaculado provava que o falcão era capaz de ser delicado com sua dona.

— O que hei de fazer de ti? — perguntou Elizabeth. Seus olhos azuis cintilaram de alegria enquanto ela contemplava o animal. — Estás ficando gordo e preguiçoso, meu amigo, e embora eu tenha lhe dado liberdade, recusas-te a aceitá-la. Ah, meu fiel bichinho, se ao menos os homens fossem leais como és. — A alegria lhe fugiu do olhar, substituída por uma imensa mágoa.

(“Meu querido guerreiro”, pag. 10, de Julie Garwood.)

domingo, 25 de setembro de 2011

A Rosa do Inverno - Patricia Cabot

— Bruxa — acusou-a Edward.

Ela sorriu, encantada.

— Nem um pouco. Se fosse, faria o senhor desaparecer.

(“A Rosa do Inverno”, pag. 66, de Patricia Cabot.)

sábado, 24 de setembro de 2011

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

— Geralmente não deixo ninguém ver isso.

— Por que não? — Jace estava descabelado, como se ele próprio estivesse dormindo. — Você é uma artista muito boa. Às vezes excelente.

— Bem, porque... é como um diário. Exceto pelo fato de que não penso em palavras, e sim em figuras, então só tem desenhos. Mas, mesmo assim, é muito pessoal. — Ela imaginou se soava tão louca quanto suspeitava.

Jace pareceu ofendido.

— Um diário sem desenhos de mim? Onde estão as fantasias tórridas? As capas de livros de romance? Os...

— Por acaso todas as garotas que te conhecem se apaixonam por você? — Clary perguntou suavemente.

A pergunta pareceu desinflá-lo, como um alfinete estourando um balão.

— Não é paixão — ele disse após uma pausa. — Pelo menos...

— Você poderia tentar não ser tão charmoso o tempo todo — disse Clary. — Pode ser um alívio para alguns.

Ele olhou para as próprias mãos. Já eram como as mãos de Hodge, brancas e com pequenas cicatrizes brancas, embora a pele fosse jovem e não tivesse rugas.

— Se você está cansada, posso colocá-la para dormir — ele disse. — Posso contar uma história de ninar.

Ela olhou para ele.

— Você está falando sério?

— Sempre falo sério.

(“Cidade dos Ossos”, pag. 198-199, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

— Não — falei. — Não há nada a relatar, padre Dom. Nem sobrenatural nem de outro tipo.

Seria minha imaginação, ou o padre Dominic pareceu meio desapontado? Para dizer a verdade, acho que ele meio gostou quando eu arrebentei a escola inteira. Sério. Por mais que ele reclamasse disso, não acho que se incomode tanto com minhas técnicas de mediação. Isso certamente lhe dava motivo para fazer sermões e, como diretor de uma minúscula escola particular em Carmel, Califórnia, não posso imaginar que ele tenha realmente muito do que reclamar. Além de mim, quero dizer.

(“A Mediadora – O arcano nove”, pag. 33, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 2.)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Desejo Rebelde - Julie Garwood

Caroline dormiu durante todo o recital de Clarissa. Fez-se uma ligeira agitação, um breve intervalo, enquanto Clarissa aguardava a irmã se preparar para seu número.

O conde de Braxton aproveitou a oportunidade para mudar de lugar, pois estava louco para escutar Catherine Claymere. O visconde tinha garantido que Catherine era uma cantora esplêndida, e tinha uma voz de soprano muito nítida.

Quando Charity seguiu o tio, tanto Bradford quanto Milford sentaram-se em seus lugares. Bradford sentou-se à direita de Caroline e Milford à esquerda.

— Nós a cutucamos para acordá-la? — indagou Milford, travesso.

— Só se ela começar a roncar — respondeu Bradford.

(“Desejo Rebelde”, pag. 127, de Julie Garwood.)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Elixir - Hilary Duff

— Lembre-se, Clea — ele me disse —, tirar fotos é uma grande responsabilidade. Várias culturas acreditam que as fotografias capturam a alma das pessoas.

Como sempre, dei muita atenção a ele, me agarrando a cada palavra e acreditando em tudo sem titubear, mesmo quando minha mãe começou a rir e revirar os olhos.

— Ah, Grant, olhe só pra ela — disse ela, com uma voz cheia de amor por nós dois. — Ela está com os olhinhos arregalados! Diga que não é verdade.

— Não é verdade — concordou meu pai, abrindo um sorriso, mas de costas para minha mãe, que não viu ele cruzando os dedos para mim. Sorri de volta, empolgada com aquele clima de conspiração.

(“Elixir”, pag. 20-21, de Hilary Duff.
Série "Elixir", livro 1.)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Sensitiva - Hannah Howell

— Então me mostre, Penélope Wherlocke — ele sussurrou contra o pescoço dela.

— A porta — ela iniciou quando os dedos dele agilmente começaram a desabotoar a vestido.

— Está trancada.

— Convencido.

— Esperançoso. Muito, muito esperançoso.

(“A Sensitiva”, pag. 203, de Hannah Howell.
Série “Wherlocke”, livro 2.)

domingo, 18 de setembro de 2011

A Rosa do Inverno - Patricia Cabot

Como Edward tinha freado o seu impulso de beijar Pegeen, ficou bastante surpreso quando ela inesperadamente cravou a faca a uns dois centímetros do dedo indicador dele. Vociferando, ele tirou o cutelo da mão dela e a girou pelos ombros, forçando-a a olhá-lo de frente.

— Sua endiabrada! — exclamou, olhando-a com fúria. — Você poderia ter cortado o meu dedo!

— A sua intenção, Lord Edward — interpelou-o Pegeen calmamente — é seduzir-me bem aqui na minha própria cozinha? Porque, se for isso, vou adverti-lo neste minuto que tenho muitas outras facas como esta e não tenho nem um pouco de medo de usá-las.

(“A Rosa do Inverno”, pag. 52, de Patricia Cabot.)

sábado, 17 de setembro de 2011

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

— Ai, meu Deus — disse Jace, sentando-se e largando o caderno de lado. — Espero que não seja nada importante.

— Era uma poção para dormir — ela disse, irritada, tocando o frasco com a ponta do tênis. —Agora não sobrou nada.

— Se ao menos Simon estivesse aqui. Ele podia entediá-la até você cair no sono.

(“Cidade dos Ossos”, pag. 198, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)


P.S.: Os partidários do Simon que me desculpem, mas eu concordo com o Jace. XD

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

— Ah. — Ele ficou ali parado um minuto, me espiando com aqueles olhos escuros, tristes. Jesse tem aquele tipo de olhos que uns caras têm, o tipo de olhos tristes que deixam a gente com vontade de fazer com que não fiquem tão tristes.

Por isso eu preciso fazer questão de ser tão má com ele.

(“A Mediadora – O arcano nove”, pag. 29, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 2.)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desejo Rebelde - Julie Garwood

— Por que não me beijaste do mesmo modo que ontem à noite? — indagou Caroline. Percebeu que ainda estava lhe tocando o rosto e deixou as mãos caírem.

— Porque depois que eu a beijo daquele modo — disse ele, usando as mesmas palavras escolhidas por ela com um sorriso carinhoso —, não sinto vontade de parar. Conheço meus limites. — continuou ele.

— Estás insinuando que eu poderia fazê-lo descontrolar-se?

Bradford percebeu no olhar cor de violeta dela um certo ar travesso, e voltou a pensar em como ela era inocente. Ela queria provocá-lo, e não fazia a menor idéia de como era verdade o que dizia. Ela era capaz de fazê-lo perder o controle, sim.

— Como não respondes, só posso concluir que poderia! — disse Caroline, rindo, unindo as mãos, e andando a requebrar-se até uma das poltronas bergère que ladeavam a lareira de mármore. — Isso me faz muito poderosa, não, milorde? E olha que minha estatura é só metade da tua.

(“Desejo Rebelde”, pag. 123, de Julie Garwood.)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

A Rosa do Inverno - Patricia Cabot

Edward riu e pousou uma mão pesada no ombro do cavalheiro.

— Herbert, meu velho, vou lhe contar uma coisa sobre as mulheres. Elas são todas iguais. — O olhar rápido que lançou à viscondessa era de zombaria. — Todas elas querem alguma coisa. O que temos de descobrir é o que a Srta. MacDougal quer e lhe dar isso em troca do seu sobrinho. É muito simples, na verdade.

Sir Arthur não parecia satisfeito.

— O problema, my lord, é que acredito que o que a Srta. MacDougal quer é...

— Sim, Herbert?

— A sua cabeça, Lord Edward. Espetada em uma vara.

(“A Rosa do Inverno”, pag. 26, de Patricia Cabot.)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

Ele balançou a cabeça.

— Não funciona assim.

Jesse vive dizendo coisas desse tipo. Coisas cifradas sobre o mundo espiritual que eu, não sendo um espírito, ainda assim deveria entender. Vou te contar, isso me enche o saco. Somando isso ao espanhol — que eu não falo, e que ele usa ocasionalmente, em especial quando está furioso —, eu não faço idéia do que Jesse está dizendo mais ou menos um terço das vezes.

(“A Mediadora – O arcano nove”, pag. 28, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 2.)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Desejo Rebelde - Julie Garwood

Bradford acompanhou Charity até a mesa deles, e uma vez mais afastou-se. Sua expressão, quando ele deu boa-noite a Caroline, era estudada, mas a jovem percebeu que seus olhos estavam risonhos. Perguntou-se do que ele estaria achando tanta graça, e obteve a resposta imediatamente.

— Mas coisa mais constrangedora! — murmurou Charity para Caroline quando se sentou. — Pensei estar conversando com nosso anfitrião, mas ele deve ter se afastado enquanto eu estava distraída, olhando para outras pessoas ao meu redor, e quando Bradford veio até perto de mim, acho que ele pensou que eu estava tendo uma discussão bastante filosófica com uma planta que estava ali por perto.

(“Desejo Rebelde”, pag. 109, de Julie Garwood.)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Sensitiva - Hannah Howell

Foi o puxão da camisola sendo retirada que despertou Penélope do sono profundo, e ela achou que estivesse tendo um pesadelo. Mas quando um corpo masculino, forte e rijo, pressionou-se contra o seu corpo o momento de pânico se foi. Ela reconheceu o cheiro e o toque do homem que a envolvia e se aninhava na sua nuca. Mesmo assim, não doeria nada provocá-lo pela audácia.

— Oh, não, Ted — ela sussurrou num tom rouco. — Você precisa ir embora. Ashton pode chegar a qualquer momento. — Ela engasgou de tanto rir quando Ashton começou a fazer cócegas sem piedade.

— Malvada — ele disse quando a prendeu sob o seu corpo.

— Isso foi pela arrogância de se deitar na minha cama sem ser convidado.

(“A Sensitiva”, pag. 153, de Hannah Howell.
Série “Wherlocke”, livro 2.)

domingo, 4 de setembro de 2011

Sedução - Nicole Jordan

— Poderia fazer amor com você durante horas. Não tenho a menor dúvida disso.

— Horas? — perguntou, admirada, e em seu tom de voz havia tanto surpresa quanto ceticismo.

Damien sorriu, divertido.

— Receio que minha reputação de amante acaba de ficar injustamente manchada.

Ele se esforçou para reprimir um sorriso.

— Injustamente? Então suspeito que você não seja um observador particularmente objetivo.

— Exige prova, senhora?

— Ficaria muito zangado se lhe dissesse que sim? — perguntou ela com uma combinação de audácia e timidez encantadora.

O riso de Damien estava impregnado de doce ternura.

— Realmente magnífico! Muito bem, amor, diante de sua insistência, poremos minha resistência à prova.

(“Sedução”, pag. 152, de Nicole Jordan.)

sábado, 3 de setembro de 2011

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

Perdida nos próprios pensamentos, ela levou alguns instantes para perceber que Jace estava dizendo algo. Quando piscou para ele, viu que ele tinha um sorriso torto desenhado no rosto.

— O quê? — ela perguntou, sem qualquer afeto.

— Gostaria que você parasse de tentar chamar minha atenção tão desesperadamente — ele disse. — Está ficando embaraçoso.

(“Cidade dos Ossos”, pag. 169, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

— Bem, um pouco de hidrocortisona deve resolver. Você deveria procurar a enfermeira quando sair daqui. Certifique-se de não coçar, para não espalhar.

— É, obrigada. Melhor não respirar também. Na certa isso vai ser tão fácil quanto.

(“A Mediadora – O arcano nove”, pag. 15, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 2.)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Desejo Rebelde - Julie Garwood

— Agora acredito que terei tua atenção total — começou Bradford, sem preâmbulos. — Não pretendo dividir sua atenção com metade de Londres.

— Ora, agora que tens minha atenção, o que farás comigo?

Bradford sorriu diante do desafio na voz dela. Percebeu temor e confusão no seu olhar, mas a voz suave da moça negava que fossem genuínos. Aquela sua falsa valentia o agradava. Ela não era do tipo que se acovardava ou perdia os sentidos. Era, segundo ele havia deduzido, uma adversária à sua altura.

Ele quase respondeu que a possuiria, pois desejava ficar com ela, por mais obstáculos que ela pusesse em seu caminho. Caroline devia ter percebido essa intenção no olhar dele, pois começou a recuar, devagarinho.

Bradford rapidamente a impediu. Pegou seus ombros, sentiu a maciez sedosa sob seus dedos e quase se esqueceu do que ia fazer até ela procurar soltar-se dele à força.

— Ah, não vai fugir, não — murmurou ele. Puxou-a para si e virou-a, e ela sentiu-se uma marionete, sendo ele o manipulador, presa entre a parede e a grade. Estava completamente sem saída, e Bradford sorriu ao perceber isso.

(“Desejo Rebelde”, pag. 88, de Julie Garwood.)