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terça-feira, 19 de julho de 2011

Amante Sombrio - J.R. Ward

— Sinto muito, de verdade. Só que não consigo entender por que...

Wrath a puxou para si e abraçou-a forte, falando no antigo idioma outra vez. Quando a soltou, terminou seu monólogo com alguma coisa como leelan.

— Essa palavra para os vampiros significa “safada”? — perguntou.

— Não. Justamente o contrário — beijou-a. — Digamos que é digna de todo meu respeito. Embora não possa estar de acordo com seu modo de ver meu passado.

Ela rodeou seu pescoço com as mãos, sacudindo-lhe um pouco a cabeça.

— Entretanto, você terá de aceitar o fato de que o que aconteceu no seu passado não muda em absoluto minha opinião sobre você. Embora sinta uma tremenda tristeza por você e sua família, e por tudo o que teve de suportar.

Longa pausa.

— Wrath? Repita comigo: “Sim, Beth, eu entendo e confio na honestidade de seus sentimentos por mim” — sacudiu-lhe o pescoço de novo. — Vamos dizer juntos — outra pausa —, agora, não depois.

— Sim — disse, cerrando os dentes.

Meu Deus, se apertasse um pouco mais os lábios, quebraria os dentes da frente.

— Sim o quê?

— Sim, Beth.

— “Confio na honestidade de seus sentimentos”. Vamos, diga.

As palavras soaram mais como um resmungo.

(“Amante Sombrio”, pag. 281, de J.R. Ward.
Série “Irmandade da Adaga Negra”, livro 1.)

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