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domingo, 31 de julho de 2011

Muito mais que uma princesa - Laura Lee Guhrke

Ian a observou andar até a mesa onde um decantador com o conhaque favorito de Dylan estava em uma bandeja. Ela pôs uma quantidade no copo de cristal e engoliu o conteúdo de um só gole.

Tendo ele mesmo se permitido excessos alcoólicos uma ou duas vezes, Ian lembrou uma verdade que ninguém que esteja sofrendo quer enfrentar:

— Isso não vai ajudar em nada — disse ele gentilmente, e aproximou-se dela.

— Eu sei. — Ela se serviu de mais uma dose, e então se voltou para ele com o decantador em uma mão e o copo na outra. — Suponho que vou ouvir o sermão sobre como as jovens damas respeitáveis não devem ficar bêbadas. Não acho que nós nem mesmo tenhamos permissão para beber destilados, não é?

— Temo que não. Um ou dois copos de vinho é tudo o que é permitido às jovens damas.

Ela tomou um gole de conhaque e lhe deu um olhar desafiador.

— Que pena.

(“Muito mais que uma princesa”, pag. 204-205, de Laura Lee Guhrke.)

sábado, 30 de julho de 2011

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

— Jace.

Ele olhou para ela.

— Quê?

— Me desculpe. Por estourar com você.

Ele riu.

— Qual das vezes?

— Você também já estourou comigo, sabia?

— Eu sei — ele disse, para a surpresa dela. — Tem alguma coisa em você que é tão...

— Irritante?

— Inquietante.

(“Cidade dos Ossos”, pag. 140-141, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

— Não há no céu fúria comparável ao amor transformado em ódio nem há no inferno ferocidade como a de uma mulher desprezada.

Eu olhei para ele.

— Está falando por experiência própria?

Ele deu um pequeno sorriso à luz da lua.

— É uma citação de William Congreve.

— Ah... Mas, como você sabe, às vezes a mulher desprezada está cheia de razões de ficar furiosa.

— E você, está falando por experiência própria?

                               (“A Mediadora - A terra das sombras”, pag. 165-166, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 1.)


P.S.: Congreve estava mais que certo. ú.u

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dezesseis Luas - Margaret Stohl & Kami Garcia

Ela olhava para o céu cinzento, sem piscar. Eu queria que tivesse alguma coisa que eu pudesse dizer para fazê-la se sentir melhor, mas sabia melhor do que ninguém que palavras assim não existiam. Então, não disse nada. Em vez disso, beijei os dedos da mão de Lena. Parei quando senti o gosto de metal, e então vi. Ela estava usando o anel de minha mãe na mão direita.

Ergui a mão dela.

— Eu não queria perdê-lo. O cordão quebrou ontem à noite.

Havia nuvens pretas no céu. Ainda não tínhamos visto o fim da tempestade, eu sabia. Fechei minha mão ao redor da dela.

— Nunca amei você mais do que a amo nesse exato segundo. E nunca vou amar você menos do que a amo nesse exato segundo.

(“Dezesseis Luas”, pag. 483, de Margaret Stohl e Kami Garcia.
Série “Beautiful Creatures”, livro 1.)


P.S.: Uma declaração fofa. =3

terça-feira, 26 de julho de 2011

Amante Sombrio - J.R. Ward

Uma mão aterrissou em seu ombro com o peso de uma bigorna.

— Gostaria de ficar para jantar?

Butch ergueu a vista. O sujeito usava um gorro de beisebol e tinha uma espécie de marca... o que era aquilo, uma tatuagem no rosto?

— Você gostaria de ser o jantar? — disse outro, que mais parecia um modelo.

(“Amante Sombrio”, pag. 293, de J.R. Ward.
Série “Irmandade da Adaga Negra”, livro 1.)


P.S.: Isso soou tão errado... XD

sábado, 23 de julho de 2011

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

— Não foi à toa que ele nos trouxe aqui — disse Jace, enojado. —Não acredito que você o está enchendo de peixe outra vez. Ele está particularmente rechonchudo.

— Ele não está rechonchudo. Além disso, nenhum de vocês jamais come nada. Peguei essa receita com um duende aquático no Chelsea Market. Ele disse que era deliciosa...

— Se você soubesse cozinhar, talvez eu comesse — resmungou Jace.

Isabelle congelou, segurando a colher num gesto ameaçador.

— O que foi que você disse?

Jace foi até a geladeira.

— Eu disse que vou procurar algum lanche para comer.

— Foi o que pensei.

(“Cidade dos Ossos”, pag. 137-138, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

— Bafo de cadáver... — Jesse voltou-se para me olhar de frente. Seu peito arfava, subindo e descendo. — Você se dá conta de que me chamou de bafo de cadáver? Magoou, hermosa. Magoou mesmo.

                               (“A Mediadora - A terra das sombras”, pag. 152, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 1.)


P.S.: Nyaaaiii, o Jesse é tão fofo! *-*

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Quando cai o raio - Meg Cabot

— Oi — disse Rob quando apoiou a moto e tirou o capacete. Ele desceu e veio até mim. — Você está bem?

Assenti. Nem consigo explicar o quanto era bom vê-lo. Foi ainda melhor quando ele enfiou a mão pela grade de metal, segurou a parte da frente da minha blusa, me puxou para a frente e me beijou por entre as grades.

Quando me soltou, foi tão de repente que percebi que Rob não pretendia me beijar. Meio que aconteceu sozinho.

— Sinto muito — disse ele, mas sem parecer sentir de verdade, se é que vocês me entendem.

(“Quando cai o raio”, pag. 228, de Meg Cabot.
Série “Desaparecidos”, livro 1.)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Amante Sombrio - J.R. Ward

— Sinto muito, de verdade. Só que não consigo entender por que...

Wrath a puxou para si e abraçou-a forte, falando no antigo idioma outra vez. Quando a soltou, terminou seu monólogo com alguma coisa como leelan.

— Essa palavra para os vampiros significa “safada”? — perguntou.

— Não. Justamente o contrário — beijou-a. — Digamos que é digna de todo meu respeito. Embora não possa estar de acordo com seu modo de ver meu passado.

Ela rodeou seu pescoço com as mãos, sacudindo-lhe um pouco a cabeça.

— Entretanto, você terá de aceitar o fato de que o que aconteceu no seu passado não muda em absoluto minha opinião sobre você. Embora sinta uma tremenda tristeza por você e sua família, e por tudo o que teve de suportar.

Longa pausa.

— Wrath? Repita comigo: “Sim, Beth, eu entendo e confio na honestidade de seus sentimentos por mim” — sacudiu-lhe o pescoço de novo. — Vamos dizer juntos — outra pausa —, agora, não depois.

— Sim — disse, cerrando os dentes.

Meu Deus, se apertasse um pouco mais os lábios, quebraria os dentes da frente.

— Sim o quê?

— Sim, Beth.

— “Confio na honestidade de seus sentimentos”. Vamos, diga.

As palavras soaram mais como um resmungo.

(“Amante Sombrio”, pag. 281, de J.R. Ward.
Série “Irmandade da Adaga Negra”, livro 1.)

domingo, 17 de julho de 2011

Muito mais que uma princesa - Laura Lee Guhrke

— Eu sempre quis aprender a jogar este jogo — disse ela, empurrando as bolas de sinuca com os dedos, como quem não quer nada. Pegou a vermelha da mesa e se virou, olhando para ele. — O senhor me ensina?

A determinação do rosto dele deixou claro que ele não estava nem um pouco impressionado com a tática diversiva dela.

— Esqueça a sinuca — disse ele, tirando a bola da mão dela e pondo-a de volta na mesa. — Eu quero saber do xadrez. A senhorita perdeu o nosso jogo de propósito?

— Eu só perco para pessoas que eu quero que gostem de mim.

Isso o deixou confuso. As sobrancelhas dele se juntaram.

— A senhorita não quer que eu goste da senhorita?

— Eu acho que o senhor é um caso perdido. O senhor nunca vai gostar de mim.

Ele baixou os cílios escuros enquanto olhava para a boca de Lucia.

— Nunca, Miss Valenti, é muito tempo.

(“Muito mais que uma princesa”, pag. 150-151, de Laura Lee Guhrke.)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

— Não precisa gritar assim — disse eu. — Ninguém mais pode te ouvir além de mim.

— Grito quanto quiser — berrou ela, e começou a gritar mesmo.

Bocejando, fui sentar-me num dos bancos de madeira junto à estátua do padre Serra. Percebi então que havia uma placa no pedestal. Graças aos refletores e à luz da lua, eu podia perfeitamente ler a inscrição.

“Ao venerável Padre Junipero Serra, 1713-1734” — dizia a placa. — “Seu comportamento exemplar e sua abnegação foram um exemplo para todos que o conheceram e receberam seus ensinamentos.”

Humm... Eu ia ter de olhar abnegação no dicionário quando voltasse para casa. Fiquei me perguntando se era a mesma coisa que autoflagelação, algo pelo que Serra também era conhecido.

— Você está me ouvindo? — gritava Heather.

Eu olhei para ela.

— Sabe o que significa abnegação? — perguntei.

                               (“A Mediadora - A terra das sombras”, pag. 143, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 1.)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Amante Sombrio - J.R. Ward

Ergueu a cabeça de Rhage suavemente e encostou a borda do copo em seus belos lábios. Levou cinco minutos para beber o líquido aos golinhos. Quando terminou, ela quis descer da cama, mas não foi longe. O doente deu uma guinada rápida, virou de lado e colocou a cabeça em seu colo, colocando um musculoso braço ao redor dela.

Estava procurando consolo.

(“Amante Sombrio”, pag. 263, de J.R. Ward.
Série “Irmandade da Adaga Negra”, livro 1.)


P.S.: Nyaii, que dó... ó.o Deixa que eu consolo ele! o/

domingo, 10 de julho de 2011

Muito mais que uma princesa - Laura Lee Guhrke

— Há muitos livros de etiqueta aqui. Eles são para Isabel?

— Acredito que sim. — Ele baixou a pena e passou o mata-borrão sobre o documento que estava à sua frente, depois estendeu a mão para o lacre de cera. — Mas duvido que ela tenha lido qualquer um deles.

— Por que ela os leria? Os livros de etiqueta são monótonos.

— Já esperava que a senhorita dissesse algo assim.

Ela sorriu.

— Não entenda mal o que eu quis dizer, Sir Ian. Eu acho os livros de etiqueta muito úteis.

Ele pôs de lado a carta que acabara de escrever e olhou para ela.

— Acha, realmente? — A voz dele era cética.

Lucia sorriu.

— São excelentes como pesos para manter as portas fechadas.

(“Muito mais que uma princesa”, pag. 118-119, de Laura Lee Guhrke.)

sábado, 9 de julho de 2011

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

A cortina de contas balançou outra vez, e a cabeça da Madame Dorothea apareceu.

— O chá está servido — ela disse. — Vocês não precisam continuar aí parados como duas mulas. Venham até o salão.

— Tem um salão? — exclamou Clary.

— É claro que tem um salão — disse Dorothea. — Onde mais eu receberia os convidados?

— Vou deixar meu chapéu com o lacaio — disse Jace.

Madame Dorothea lançou-lhe um olhar sombrio.

— Se você tivesse metade da graça que acha que tem, meu rapaz, seria duas vezes mais engraçado do que é — ela desapareceu novamente atrás das cortinas, Seu “Humpf!” alto quase foi ofuscado pelo tilintar das contas.

Jace franziu o rosto.

— Não entendi muito bem o que ela quis dizer com isso.

— Sério? — disse Clary. — Para mim, fez todo sentido.

(“Cidade dos Ossos”, pag. 104, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

Jesse fez um gesto que muito provavelmente era grosseiro, lá pelos idos de 1850.

— Você não vai a lugar nenhum — disse então.

— Ah, é mesmo? — desafiei, rodando no calcanhar e saindo porta afora. — Tente me segurar, bafo de cadáver.

Ele foi de uma precisão cirúrgica. Minha mão já estava na maçaneta quando a tranca da porta se fechou. Eu nem tinha notado ainda que havia uma tranca na minha porta — ela devia ser muito antiga. O controle manual estava arrebentado e só Deus sabia onde é que podia estar a chave.

Fiquei parada ali bem meio minuto, olhando para minha mão sem acreditar muito enquanto ela girava em vão a maçaneta. Até que resolvi respirar bem fundo, como havia sugerido a terapeuta da minha mãe. Ela não estava querendo dizer que eu devia respirar fundo quando estivesse enfrentando um fantasma perseguidor. Achava apenas que devia fazê-lo de maneira geral, sempre que estivesse me sentindo estressada.

Mas o fato é que ajudou. E ajudou muito.

— OK — disse afinal, voltando-me. — Jesse, isto não é nada legal.

Jesse ficou muito sem graça. Bastava olhar para ele para entender que não estava nada satisfeito com o que acabara de fazer. Não sei o que foi que causou a sua morte na vida anterior, mas certamente não foi por ele ser um sujeito cruel ou por gostar de machucar as pessoas. Ele era um bom sujeito. Ou pelo menos estava tentando ser.

                               (“A Mediadora - A terra das sombras”, pag. 131-132, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 1.)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Amante Sombrio - J.R. Ward

— Preciso me desculpar com ele.

— Isso será uma novidade.

— Sou tão detestável?

— Não — respondeu Rhage sem sua habitual fanfarronice — Só que não costuma errar com freqüência.

Vindo de Hollywood, a franqueza foi surpreendente.

— Bom, o que disse ao Tohr foi algo realmente repugnante.

Rhage bateu-lhe nas costas.

— Com a ampla experiência que tenho em ofender as pessoas, permita-me dizer que não há nada que não possa ser concertado.

— Coloquei Wellsie no meio.

— Isso não foi uma boa idéia.

— E o que ele sente por ela.

— Droga.

(“Amante Sombrio”, pag. 250-251, de J.R. Ward.
Série “Irmandade da Adaga Negra”, livro 1.)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Vidente - Hannah Howell

Esta postagem contém um pequeno spoiler (apesar de ser bem pequeno e muito previsível). Leia sob sua própria conta e risco.


domingo, 3 de julho de 2011

Muito mais que uma princesa - Laura Lee Guhrke

Ele ainda podia vê-la, uma desordeira provocante, sentada diante dele com o cabelo desalinhado e os olhos escuros queimando enquanto lhe dizia que tipo de homem ele deveria encontrar para ela. Ouvir aquele discurso imprudente quase o fizera perder a razão. A única coisa em que conseguia pensar naquele momento era em afastar a mesa e lhe dar um gostinho do que a virilidade masculina realmente significava.

(“Muito mais que uma princesa”, pag. 112-113, de Laura Lee Guhrke.)

sábado, 2 de julho de 2011

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

— Eu uso ferramentas que são mágicas. E para fazer apenas isso precisei passar por treinamentos rigorosos. Os símbolos tatuados na minha pele me protegem. Se você tentasse usar a lâmina serafim, por exemplo, provavelmente queimaria a pele, isso talvez até a matasse.

— E se eu tivesse as tatuagens? — perguntou Clary. — Poderia utilizá-las?

— Não — disse Jace mal-humorado. — As Marcas são apenas partes de um todo. Existem testes, provações, níveis de treinamento... ouça, esqueça isso, tá? Fique longe das minhas lâminas. Aliás, não toque em nenhuma das minhas armas sem permissão.

— Lá se vai meu plano de vendê-las no eBay — resmungou Clary.

— Vendê-las onde?

Clary sorriu maliciosamente para ele.

— Um lugar místico de grande poder mágico.

(“Cidade dos Ossos”, pag. 103, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Mediadora - Meg Cabot

— Caramba, foi sentar logo perto da esquisita...!

Eu olhei para ela. Tinha uma cabeleira impecável e olhos impecavelmente pintados. E disse, sem me preocupar em falar baixinho:

— Desculpe, você sofre de Tourette?

O professor voltara-se para escrever alguma coisa no quadro-negro mas se deteve ao ouvir minha voz. Todos se voltaram em minha direção, inclusive a garota que tinha feito o comentário.

— O quê? — fez ela, apertando os olhos.

— Síndrome de Tourette — continuei. — É uma doença neurológica que faz as pessoas dizerem coisas que não querem dizer. Você tem isso?

O rosto da guria começara a ficar vermelho.

— Não.

— Ah! ...Então estava mesmo sendo grosseira de propósito...

                                (“A Mediadora - A terra das sombras”, pag. 86, de Meg Cabot.
Série “A Mediadora”, livro 1.)


P.S.: É por isso que a Suzannah é uma das minhas personagens preferidas! XD