— Está fugindo? — sussurrou Beth. Era, principalmente, uma pergunta. Mas havia nela um tom de provocação.
— Cuidado, Beth.
— Por quê?
— Estou a ponto de estourar.
Ela saltou da cama e se aproximou dele. Colocou uma mão sobre seu peito, bem em cima do coração, e rodeou-lhe a cintura com a outra.
Ele chiou quando o corpo dela colou ao seu.
Pelo menos, o desejo sexual se sobrepôs à sua outra fome.
— Vai me dizer não? — perguntou ela.
— Não quero me aproveitar de você — disse ele, rangendo os dentes. — Teve emoções demais por uma noite.
Ela apertou os ombros.
— Estou com raiva, assustada, confusa. Quero que você faça amor comigo até que não sinta mais nada, até ficar anestesiada. Na verdade, eu é que estaria usando você — olhou para baixo. — Puxa, isso soou mal.
(“Amante Sombrio”, pag. 173-174, de J.R. Ward.
Série “Irmandade da Adaga Negra”, livro 1.)
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