— Agora acredito que terei tua atenção total — começou Bradford, sem preâmbulos. — Não pretendo dividir sua atenção com metade de Londres.
— Ora, agora que tens minha atenção, o que farás comigo?
Bradford sorriu diante do desafio na voz dela. Percebeu temor e confusão no seu olhar, mas a voz suave da moça negava que fossem genuínos. Aquela sua falsa valentia o agradava. Ela não era do tipo que se acovardava ou perdia os sentidos. Era, segundo ele havia deduzido, uma adversária à sua altura.
Ele quase respondeu que a possuiria, pois desejava ficar com ela, por mais obstáculos que ela pusesse em seu caminho. Caroline devia ter percebido essa intenção no olhar dele, pois começou a recuar, devagarinho.
Bradford rapidamente a impediu. Pegou seus ombros, sentiu a maciez sedosa sob seus dedos e quase se esqueceu do que ia fazer até ela procurar soltar-se dele à força.
— Ah, não vai fugir, não — murmurou ele. Puxou-a para si e virou-a, e ela sentiu-se uma marionete, sendo ele o manipulador, presa entre a parede e a grade. Estava completamente sem saída, e Bradford sorriu ao perceber isso.
(“Desejo Rebelde”, pag. 88, de Julie Garwood.)
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