— É nessa hora que você começa a rasgar tiras da própria blusa para fazer um curativo no meu machucado? — brincou Clary. Ela tinha horror a sangue, principalmente ao dela própria.
— Se você queria que eu arrancasse minhas roupas, bastava pedir. — Ele pôs a mão no bolso e pegou a estela. — Teria sido muito menos doloroso.
Lembrando a sensação aguda de quando a estela lhe havia tocado o pulso, ela se preparou, mas só o que sentiu enquanto o instrumento brilhante deslizava gentilmente sobre o machucado foi um calor fraco.
— Pronto — ele disse, recompondo-se. Clary flexionou o braço, impressionada. Embora o sangue ainda estivesse ali, o machucado desaparecera, assim como a dor e a rigidez. — E, na próxima vez que estiver planejando se machucar para chamar minha atenção, lembre-se de que um bom papo produz maravilhas.
(“Cidade dos Ossos”, pag. 183-184, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)
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