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sábado, 15 de outubro de 2011

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

— Mas é exatamente isso... — Uma longa reverberação metálica o interrompeu. Em algum lugar, um sino soava. — Meia-noite — disse Jace, repousando a faca. Ele se levantou, esticando a mão para puxar Clary para o lado dele. Seus dedos estavam levemente grudentos com o sumo da maçã. — Agora observe.

O olhar dele estava fixo no arbusto verde ao lado do qual eles estavam sentados, com duas dúzias de botões fechados. Ela começou a perguntar para onde deveria olhar, mas ele levantou a mão para contê-la. Os olhos dele estavam brilhando.

— Espere — ele disse.

As folhas no arbusto continuavam imóveis. De repente, um dos botões começou a tremer. Inchou, atingindo o dobro do tamanho original e abriu. Era como assistir a um filme de uma flor brotando em alta velocidade: as folhas verdes abrindo para fora, libertando as pétalas internas. Estavam cheias de pólen dourado tão leve quanto talco.

— Oh! — Clary exclamou e olhou para cima, então viu Jace observando-a. — Elas brotam toda noite?

— Só à meia-noite — ele disse. — Feliz aniversário, Clarissa Fray.

(“Cidade dos Ossos”, pag. 300-301, de Cassandra Clare.
Série “Os Instrumentos Mortais”, livro 1.)

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