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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Quando cai o raio - Meg Cabot

Esta postagem contém um spoiler mediano. Leia sob sua própria conta e risco.



Eu estava furiosa.

— O que ele queria dizer? — sibilei para Rob assim que a Srta. Clemmings virou as costas. — Do que ele estava falando?

— Nada — disse Rob. Ele enfiou o rosto no livro de novo. — Ele é um babaca. Fica fria, tá?

Certo, acho que devo contar que a única coisa que odeio de verdade é quando as pessoas me mandam ficar fria. Por exemplo, as pessoas costumam fazer piada sobre Douglas, e depois me mandam ficar fria quando estou furiosa. E eu não consigo. Não consigo ficar fria.

— Não, não vou ficar fria — rosnei. — Quero saber do que ele estava falando. Que diabos está acontecendo? Você falou para seus amigos que "fizemos aquilo"?

Rob ergueu os olhos do livro nesse momento. Sua expressão era nula quando respondeu:

— Primeiro de tudo, Wendell não é meu amigo.

À minha esquerda, Hank, ainda massageando o pulso, gemeu:

— Pode ter certeza.

— Em segundo lugar — prosseguiu Rob —, eu não falei nada sobre você para ninguém, tá? Então se acalme.

Também odeio quando as pessoas mandam eu me acalmar.

— Olha só — comecei. — Não sei o que está acontecendo aqui. Mas se eu descobrir que você anda contando coisas sobre mim pelas minhas costas, vou encher você de porrada. Entendeu?

Pela primeira vez naquele dia, Rob sorriu para mim. Era como se ele não quisesse, mas não conseguisse evitar.

E Rob, bem, ele tem um sorriso daqueles. Vocês sabem qual é o tipo.

Por outro lado, talvez vocês não saibam. Eu tinha me esquecido de para quem eu estava escrevendo isto.

Você vai me encher de porrada? — falou ele, com uma voz divertida. O que me deixou ainda mais irada.

— Não faça isso, cara — avisou Hank. — Ela bate com muita força para uma garota.

(“Quando cai o raio”, pag. 105-106, de Meg Cabot.
Série “Desaparecidos”, livro 1.)

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